O
ar da Região Metropolitana de São
Paulo, que podemos ter como parâmetro de
outros centro urbanos, nos apresenta um quadro
assustador, conforme dados da Secretaria de Meio
Ambiente do Estado de São Paulo, em livro
publicado pela Cetesb em 1998 sob o nº S525q.
Diariamente são lançados no ar da
região 4.100 toneladas de monóxido
de carbono; 175 toneladas de material particulado
(poeira); 770 toneladas de óxidos de nitrogênio;
960 toneladas de hidrocarbonetos e 130 toneladas
de óxidos de enxofre.
A poluição do ar e suas conseqüências:
Monóxido
de carbono (CO)
Gás
incolor e inodoro que resulta da queima incompleta
de combustíveis, principalmente de veículos
motorizados e causa desconforto físico,
náuseas, dor de cabeça, falhas na
percepção visual, tontura, perda
de concentração, alterações
nas funções motoras e problemas
cardiovasculares. Este gás pode se ligar
fortemente à hemoglobina no sangue, substituindo
o oxigênio e dificultando o seu transporte.
Em ambiente fechado pode levar à morte.
Material
particulado (MP)
É
o conjunto de poluentes constituído de
poeiras, fumaças e todo tipo de material
sólido e líquido que se mantém
suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno
tamanho. Esses poluentes são provenientes
da incômoda fuligem emitida pelos veículos,
da fumaça - expelida em geral pelas chaminés
das indústrias ou queimadas e pela poeira
depositada nas ruas, e causam irritação
nos olhos e garganta, doenças respiratórias
crônicas, reduzindo a resistência
às infecções. As partículas
microscópicas aumenta as doenças
pulmonares e pode levar a morte prematura.
Óxidos
de nitrogênio (NOx)
Atuam
em conjunto com os hidrocarbonetos na formação
do smog fotoquímico. Quando se transformam
em ácido nítrico são um dos
formadores da chuva ácida. O óxido
nítrico (NO) e o dióxido de nitrogênio
(NO2) são os óxidos de nitrogênio
mais abundantes nas áreas urbanas. Formados
nos processos de combustão, são
emitidos principalmente pelos carros e causam
problemas respiratórios em indivíduos
saudáveis e principalmente em asmáticos,
aumentado o risco de doenças respiratórias
em crianças.
Hidrocarbonetos
(HC)
Também
chamados de gases orgânicos, podem ser liberados
pela evaporação de combustíveis
como a gasolina, e pela combustão do carvão,
da madeira, do petróleo e seus derivados
e causam irritação nos olhos, na
pele, no nariz e no aparelho respiratório
superior. Na presença da luz solar, a reação
dos hidrocarbonetos e os óxidos de nitrogênio
dá origem a poluentes oxidantes fotoquímicos,
cujo principal componente é o mau ozônio.
Ozônio
(O3)
Também
conhecido como *mau ozônio é formado
na atmosfera pelo NOx e HC em contato com a luz
solar, sendo comum sua incidência nos dias
de grande insolação e causa congestão
nasal, irritação da garganta, tosse,
produção de secreção,
dispnéia, chiado e outros sintomas como
dor de cabeça, fadiga e irritação
nos olhos, podendo causar alteração
na função pulmonar nas crianças.
*O
bom ozônio é formado naturalmente
na alta atmosfera, isto é, a pelo menos
25 quilômetros da superfície terrestre
e possui efeito benéfico sobre a vida terrestre
porque filtra as radiações solares
ultravioletas (raios UV). Mas essa camada do bom
ozônio tem sofrido alterações
por causa do uso excessivo de produtos químicos
sintéticos, os clorofluorcarbonetos (CFCs),
empregados em aerossóis, solventes, refrigeradores
e ainda como agentes espumantes.
Dióxido
de enxofre (SO2)
Resultante
da queima de combustíveis que contém
enxofre, principalmente o óleo diesel,
e os óleos combustíveis industriais.
Principal formador da chuva ácida, uma
vez que na atmosfera pode se transformar em ácido
sulfúrico, causando irritação
das mucosas, principalmente dos olhos, nariz e
do sistema respiratório superior. Devido
a sua ação irritante, provoca rinite,
laringite e faringite. Em altas concentrações
podem produzir edema pulmonar.
Inversão
térmica
Ocorre
em áreas industriais e centros urbanos,
com a retenção dos poluentes em
camadas baixas da atmosfera, próximas ao
solo, nos dias frios (outono e inverno) provocando
crise de asma e bronquite o que leva muita gente
aos pronto-socorros.
Como
controlar as fontes poluidoras?
-
Fiscalizando as indústrias e exigindo delas
equipamentos adequados;
- Exigindo que os veículos baixem cada
vez mais os níveis de emissão de
poluentes;
- Exigindo melhoria na qualidade de combustíveis;
- Fiscalizando e controlando e emissão
de fumaça preta dos veículos a diesel;
- Incentivando as indústrias para produzirem
veículos com tecnologia "limpa".
- Restringindo o uso individual de veículos.