CAATINGA

A Caatinga cobre quase todo o nordeste brasileiro, atingindo uma área de 800 mil km2. A irregularidade climática é sua característica principal, apresentando um prolongado período de seca, que se reflete na paisagem.

Apesar da aparência árida e pobre, a Caatinga se revela como um ecossistema complexo, pela capacidade de adaptação de seus seres vivos à acentuada aridez do território. Além disso, apresenta solos relativamente férteis.

Em alguns trechos, exibe uma mata rala ou aberta, daí o nome Caatinga, que na linguagem indígena significa mata branca; em outros, o solo aparece quase descoberto, possuindo arbustos isolados.

Durante o período da estiagem, a vegetação tem um aspecto seco, sem folhagens, e o solo pedregoso exibe raízes. Dessa forma, as folhas finas que se desprendem das árvores, fazem com que a planta diminua a transpiração, evitando a perda de água, e suas raízes, permanecendo na superfície do solo, absorvem mais rapidamente a água das chuvas. No início do ano, quando começa chover, a aparência cinza do período das secas dá lugar às flores.
No mês de agosto, período do auge da seca, o solo pode atingir a temperatura de 60º C, acelerando a evaporação da água dos rios e lagoas.

Os rios regionais que cruzam a Caatinga, percorrem diferentes caminhos, entre depressões e planaltos quentes e secos, para chegar ao mar ou aumentar o volume das águas dos rios São Francisco e Parnaíba. Ficam secos de 5 a 7 meses do ano.

Quanto à fauna, a variedade é limitada pelos fatores climáticos abordados, é abundante de répteis, abrigando cobras e lagartos em grande número. Além desses, roedores e muitos insetos são encontrados facilmente. Independentemente da espécie, todos os animais sofrem com a seca, emagrecendo muito.