A
indústria moderna e seus produtos, entre
eles os veículos, vem despejando na atmosfera
milhões de toneladas de gases tóxicos,
entre eles o carbônico - CO2, um dos responsáveis
pelo efeito estufa. Muitos desses gases são
tóxicos e, portanto, prejudiciais às
várias formas de vida. Outros podem até
mesmo ser utilizados por alguns seres vivos. Mas
todos eles provocam profundas alterações
no clima do planeta, caso seu acúmulo na
atmosfera seja excessivo, como é o caso
do CFC, o Clorofluorcarbono, utilizado nas geladeiras,
nos aparelhos de ar condicionado e nos aerossóis.
Outro gás carbônico, provém,
também, da respiração dos
animais e das plantas e, principalmente, da queima
de carvão, xisto, lenha e de combustíveis
fósseis - petróleo e seus derivados
-, para obtenção de energia. O acúmulo
de CO2 na atmosfera tem formado uma camada em
torno da terra, impedindo que parte do calor recebido
por ela seja liberado. Essa camada funciona então
como uma capa, de maneira que nosso planeta passe
a funcionar de modo semelhante a uma estufa. A
radiação solar atravessa essa capa
de gases produzindo calor na superfície
da terra, sendo que parte desse calor não
consegue subir, produzindo dessa forma o chamado
efeito estufa. A teoria científica que
previa esse fato, chamada de efeito estufa, permaneceu
obscura durante décadas. Só recentemente
ela passou a ter grande aceitação
entre os cientistas, na medida em que o mundo
foi se tornando mais quente do que em qualquer
outra época. Para se ter uma idéia,
na década de 1980 tivemos os quatro anos
mais quentes do século. O aumento da temperatura
da terra já tem provocado o degelo das
calotas polares, ocasionando um aumento no nível
dos mares. Com a subida dos mares, as cidades
litorâneas serão afetadas diretamente
e poderão desaparecer, as vegetações
morrerão e as plantações
serão destruídas. Nas próximas
décadas, por exemplo, os Estados Unidos
poderão perder uma parte do seu litoral
equivalente ao tamanho do Estado de Massachusetts
e 25% de sua safra na região das grandes
planícies. No início de 2001, cerca
de 70 mil focas morreram quando um grande ice
berg se desprendeu da calota polar, vagando aleatoriamente
pelo mar. A Agência de Proteção
do Ambiente dos Estados Unidos (APA) afirma que
a temperatura mundial deverá aumentar de
3 a 9ºC até o ano de 2050 e essa mudança
do clima mundial terá implicações
significativas sobre os ecossistemas naturais.
Isso influirá sobre a época e os
métodos de plantio; sobre a disponibilidade
de água, sobre o estilo de vida nas cidades;
a desova dos peixes; e sobre o uso das praias
para recreação. Pode-se dizer que,
caso as concentrações de CO2 na
atmosfera continuem aumentando no mesmo ritmo,
a vida na terra será muito diferente no
futuro, pois a fauna e a flora terão dificuldades
em se adaptar às rápidas mudanças
do clima. As regiões densamente ocupadas,
como é o caso das regiões metropolitanas,
por onde circulam milhões de pessoas e
veículos, onde são despejados na
atmosfera particulados e gazes, a qualidade vida
vem se deteriorando gradativamente, a ponto das
pessoas manifestarem o desejo de se mudar para
regiões menos poluídas e isso vem
ocorrendo em todas as partes do mundo.