Em sua formação original, a Mata
Atlântica compreendia uma área superior
a 1,3 milhões de km2, estendendo-se do
norte ao sul do Brasil, por 17 estados. Hoje,
representa apenas 8% desse total, estando suas
principais áreas preservadas localizadas
nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná,
e abriga em trechos remanescentes de floresta,
um dos mais altos níveis de biodiversidade
do planeta.
A
diversidade se deve à combinação
de inúmeros fatores como o solo rico e
a ciclagem rápida de nutrientes, e ao relevo,
que incita a ocorrência de chuvas, tornando
a umidade relativa do ar significativa.
Em
sua rica diversidade são encontradas matas
de altitude, como a Serra do Mar, com 1.100 metros,
e Itatiaia, com 1.600 metros.
Grande parte das espécies de animais brasileiros
que sofrem risco de extinção está
neste ecossistema. Calcula-se que existam mais
de 131 espécies de mamíferos, inclusive
as quatro espécies de mico-leão,
presentes apenas nesse ecossistema, 180 espécies
de anfíbios e mais de 800 espécies
de aves.
Em 1999 a Mata Atlântica do Sudeste e a
Costa do Descobrimento em 1999, tornaram-se integrantes
da lista elaborada pela Organização
das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura - Unesco, sobre áreas
consideradas Patrimônio Mundial.
A Mata Atlântica do Sudeste, região
mais conhecida como Vale do Ribeira/Lagamar, localiza-se
entre o sul de São Paulo e norte do Paraná.
E a Costa do Descobrimento, situada no nordeste
brasileiro, estendendo-se por 8 áreas protegidas
do sul da Bahia e norte do Espírito Santo,
tem 112 mil hectares.
A
Mata Atlântica representa o ecossistema
brasileiro que mais sofreu com a interferência
do homem. Durante 500 anos serviu como fonte de
extração de recursos naturais, além
de sofrer a agressão por queimadas praticadas
para ocupação de seu território
e implantação de uma agricultura
imprudente e insustentável.